Etapa 35 | Figueira da Foz – Nazaré
Terminámos mais uma incrível etapa! Hoje chegámos à bonita Nazaré.
Saímos da Figueira da Foz e pedalámos ao longo da ciclovia do Mondego, pelas margens do rio. Perto de Ereira cruzámos as suas águas e num trajecto quase inverso, continuámos lado a lado com o Rio Mondego até às proximidades do Rio Pranto. Aqui, uma íngreme subida entre campos de cultivo e verdes florestas levou-nos até Paião.
Atravessámos algumas povoações e prosseguimos num traçado de algum sobe e desce que nos levou até ciclovia da Lagoa da Ervedeira.
Na Lagoa da Ervideira encontrámos um amigo e aproveitámos para uma pequena paragem com direito a umas águas refrescantes. Depois, fomos ao encontro do mar, onde uma descida acentuada nos fez chegar até à bonita praia de Pedrógão.
Ainda com a memória de um pesado passado, pedalar nesta zona não deixa de ser uma demonstração da força da natureza, quando pensamos que aquilo que foi outrora cinzas, ao pouco e pouco volta a renascer. Ainda assim, os incêndios de 2017 ainda estão muito presentes e as suas marcas muito visíveis.
Seguimos pela estrada florestal, na ciclovia, sempre junto à costa, cruzando as várias praias da região, entre as quais, a Praia da Vieira, do Samouco, das Pedras Negras, entre outras.
Passámos em São Pedro do Moel, com a sua pitoresca praia abrigada rodeada de rochas abruptas e numa fantástica dança entre os nossos pedais e as ondas do mar, prosseguimos a nossa viagem.
À medida que os quilómetros se foram acumulando, algumas subidas desafiantes foram aparecendo, pondo à prova a valentia das nossas pernas. Quase a terminar a etapa, visitámos o famoso miradouro do sítio da Nazaré, também chamado de Miradouro do Suberco. Situado a 110m de altitude e debruçado sobre o mar, é um lugar espectacular para desfrutar de magnificas paisagens sobre o mar e sobre a vila, toda ela pintada de branco aos pés da bonita praia da Nazaré.
Diz a lenda que este miradouro foi construído no local onde outrora o alcaide D. Fuas Roupinho ia caindo do precipício enquanto caçava um veado. Na iminência da sua queda, ao ver a gruta de veneração a Nossa Senhora, implorou a esta que o ajudasse, tendo o cavalo parado imediatamente, deixando as marcas das suas patas gravadas no local.
Sem marcas no local e continuando a contribuir para a redução da nossa pegada ecológica, pedalámos os últimos quilómetros até à majestosa vila da Nazaré. Situada numa baía de areias douradas, esta pacata vila plantada à beira mar acarreta consigo a herança de histórias e aventuras de todos os tempos.
É com este sabor e cheiro a mar, que terminamos mais uma etapa de um incrível protejo que está quase a terminar e que, ainda assim, nos mostra quilometro a quilómetro o quanto ainda tempos por descobrir.
Amanhã seguiremos até Santa Cruz, naquela que vai ser a nossa última noite antes de chegar a casa!