Etapa 28 | Boticas – Pitões das Júnias
Quando acordámos, já um magnífico pequeno almoço preparado pelo Boticas Hotel Art & Spa nos esperava. Recuperámos assim as últimas energias necessárias para este desafiante dia e retomámos a nossa aventura, hoje com um destino muito especial – Pitões das Júnias, bem no coração do Gerês.
Saímos assim de Boticas, com fortes subidas que nos levaram aos contornos da serra. Atravessámos uma linda floresta e pedalámos até ao rio Beça. Fizemos uma pequena paragem em Morgade e seguimos até à bonita Barragem do Alto Rabagão. Aqui pedalámos ao longo das suas margens, numa perfeita harmonia com a natureza, onde as cores do céu reflectiam nas tranquilas águas deste grande lago. Alcançámos Vilarinho de Negrões, uma pequena vila situada sobre uma estreita e bela península, praticamente no meio da barragem. Aqui as vistas são deslumbrantes!
Continuámos e logo depois da barragem, uma subida levou-nos a conhecer lindas aldeias perdidas (e quase esquecidas) na montanha! Foi ao pedalar estas curvas e contracurvas de montanha, que chegámos até à pequena barragem do Alto Cávado, a nossa porta de entrada para o ponto forte do dia: o magnifico e sem igual Parque Nacional Peneda-Gerês! Com aproximadamente 700km de superfície, é um dos locais mais bonitos de Portugal. Com uma flora riquíssima, este parque tem inúmeros exemplares de carvalhos, azevinhos, medronheiros, entre outros. Em termos de fauna, aqui podemos encontrar uma rica vida selvagem, entre eles a águia real e o lobo ibérico, espécies icónicas do nosso Portugal.
Uma forte e longa subida, nos contornos desta paisagem quase mágica, permitiu-nos admirar as bonitas vistas sobre a serra e em especial sobre a região mais montanhosa do Gerês. Já não muito distante chegámos por fim à aldeia mais alta de Portugal – Pitões das Júnias. Longe da agitação das cidades e num isolamento perfeito entre o silencio e a beleza das paisagens que a rodeiam, Pitões das Júnias é para nós um local muito especial e de paragem obrigatória sempre que visitamos o Gerês. Situada no aconchego do bonito vale do planalto da Mourela, com as suas típicas casas de pedra, tem nas suas redondezas as ruínas de um modesto Convento Beneditino e uma bonita cascata de águas cristalinas.
E é um lugar especial pois sempre que aqui chegamos, o sorriso, a simpatia e a hospitalidade da Sr.ª Maria da Casa do Preto fazem-nos sentir quase como parte da família, como se estivéssemos em casa. Haverá melhor forma de terminar uma etapa?